quinta-feira, 3 de junho de 2010

Salka

Não sei há quanto tempo não tenho tempo para mim. Há meses (se calhar há anos). Não sei há quanto tempo não me sento sozinha no escuro para pensar em tudo o que tenho feito.
Há dias assim. Há dias em que não me consigo enganar mais e que tenho que gritar, explodir repetidamente que sou uma desequilibrada e que nunca hei de encontrar aquilo que procuro.
Há dias em que o discernimento me ataca tão fortemente que nem sequer tenho tempo para desenvolver defesas suficientemente poderosas que me permitam continuar a viver no meu sonho idílico e fácil.
Ataca rápido e vai-se embora, aquele momento de iluminação em que tudo parece errado e no qual arranjamos mil soluções para aquilo que nos parece mal.
Que estupidez!
Não vale a pena fingir que algo vai dar certo quando se calhar tem outro fim previsto.
Hoje vou sonhar, o meu cérebro vai derreter no calor abrasador do meu quarto.
ÁGUA
NUVENS
ÁGUA
NUVENS
ÁGUA
NUVENS
ÁGUA
NUVENS

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