Fugiste mais uma vez. Desta vez não tenho bem a certeza de quê. Receio ter sido eu. Aliás, sei que foi por minha causa. Mas não sei porquê.. É ridículo.
Mais uma vez foste-te embora. Precisaste de tempo para ti. É a tua maneira de resolver as coisas. Deixaste-me aqui, à tua espera, só mais um dia ou outro. Foste-te embora e levaste contigo os nossos dias de férias. Não queres saber. Achas que as nossas diferenças são superiores àquilo que podemos aprender um com o outro. Tens medo de deixar cair os pratos da nossa plataforma de equilíbrio e por isso o melhor é arrumares a tua cabeça longe daqui para decidires qual é o teu próximo passo racional .
Já me disseste, aqui a infantil sou eu, eu é que não sei aproveitar aquilo que a vida nos dá, eu sou uma mimada; quero tudo à minha maneira.
(E continuas sem saber aquilo que já tive que lutar para te ter, para te ver, para estar contigo)
Tenho medo que continue tudo assim, indefinidamente. Eu não vou aguentar, já me conheço.
Tenho receio que insistas em fugir de cada vez que tens uma dúvida. As relações estão tão longe de ser perfeitas. É necessário ajustar as expectativas constantemente. Não esperes de mim aquilo que sabes que não te posso dar.
O tempo urge e já não sei lidar com os defeitos pelos quais me apaixonei.
Hoje vou ficar mais uma noite à espera que decidas voltar para mim. Volta, vamos gritar, chorar, discutir. Vamos dizer coisas feias. Porém, no fim, vamo-nos acalmar, respirar fundo, vou mergulhar em ti e vamo-nos beijar como se o amanhã não existisse.
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