quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eu Não Sei Quem Te Perdeu

- Olha, eu sinceramente já não sei o que é que me falta dizer-te. Já te disse que gosto de ti, que talvez goste demasiado de ti para conseguir desistir de ti assim. Já te disse que não me és indiferente e que só de imaginar que podes estar com outra pessoa fico com o coração do tamanho de uma ervilha, CRUA, prestes a esmagar-se. Todos os dias me apetece pedir-te desculpa por ser assim, complicómetro por natureza.. Mas, não serão todas as mulheres assim? Duvido que encontres a amazona que procuras, que viva contigo 1640 aventuras, que faça mergulho, que ande a cavalom que fuja e dê a volta ao mundo. Não sou essa. Mas.. hum.. ouve, eu sempre pensei que te tinhas apaixonado por mim como eu sou. Sempre me disseste para não mudar, que gostavas de mim assim, da minha inocência e teimosia, do meu orgulho e poucos preoconceitos. Pelos vistos, o mais provável é que te tenhas apaixonado pela ideia do que sou e não por mim. Eu sei, se calhar até pareço facilmente gostável mas não esperes que seja tudo natural, tipo amor à primeira vista. A vida não é assim! Ainda ninguém te tinha dito? O quê? Só acreditas em coisas naturais? Para ti nada pode ser forçado?.. Eu sei meu amor.. Nem eu te quero obrigar a gostar de mim. Só te pedi que tivesses um bocadinho mais de paciência e lutasses por aquilo que conseguíamos construir juntos. Ah, como é que eu sei que conseguimos construir alguma coisa bonita juntos? Sinceramente sinto. Consigo-me lembrar das nossas conversas em Fevereiro, quando fazia frio e o carro era o nosso abrigo, à prova de chuva, de nevoeiro, à prova de olhares indiscretos e de bocas maldosas. Senti que não te podia perder mais. Se calhar também me apaixonei pela ideia que tinha de ti. Mas duvido. Achava-te um arrogante descarado que de certeza que só me queria sacar para ter mais um troféu. Se calhar enganei-me e realmente não és nada assim. Lembro-me que fiquei fixada no teu sorriso. Sabes como eu adoro dentes. É daquelas pancadas malucas que nunca vou conseguir explicar, não vale a pena. Senti uma força maior. Senti que o desejo de te ter era quase insuportável, algo que ardia por dentro, sempre que não estava contigo. Estou a exagerar? Não sei, diz-me tu. És tão frio que eu, na maioria das vezes, nem sequer faço ideia do que sentes por mim. Por acaso isso foi uma coisa que foi mudando em ti. Uma mudança que não me agradou nem um bocadinho. Eras tão diferente quando te conheci. Trocava essa suposta virilidade fria por uma atitude infantil que me demonstrasse realmente aquilo que ainda significo para ti. Ouve, só para veres a fragilidade em que me deixaste... Nem sequer consigo perguntar-te o que realmente sentes por mim. Mas vou-te confessar uma coisa..ah, se calhar não devia dizer.. É tão pessoal.. Queres que eu diga? Fogo eu sei que não vale falar das coisas e não dizer, só por isso é que vou contar.. Sabes,.. hum, quando imagino o futuro próximo, vejo-te comigo. Prefiro encarar este impasse como uma tentativa de esclarecermos tudo o que não resultou. Mas tenho a certeza, meu amor.. Tenho a certeza que vais voltar... Pelo menos é disso que me vou convencendo.. Todos os dias.

3 comentários:

  1. liga-lhe agora e diz-lhe isso. não tenhas medo das consequências. corre atrás dele e agarra-o já! o mundo é o teu palco e não precisas de ter medo das luzes nem da plateia. desejo-te muita felicidade, sara.

    ResponderEliminar
  2. im so in love in you.. ill be forever

    ResponderEliminar
  3. o amor é uma hiperbole constante....

    ResponderEliminar