quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Death with dignity


Sonhei contigo toda a noite. Com os teus cabelos dourados ao sol, com o cheiro da tua pele depois do mar e com a tranquilidade que sempre tinhas no teu olhar. Aquela serenidade, que encontro tão poucas vezes. Já não te revisitava há meses. A cisão foi tão forte que me proíbo de pensar em ti. Foste amor forte, potente, viciante, doloroso. Foste luz e sombra.
Mas hoje deixei-me ir.
Cada vez que voltava à realidade, ao meu quarto escuro, ao cansaço do meu corpo, forçava-me a adormecer para voltar a ti. Para te ver, para sentir que existes em mais locais do que na minha memória, nem que seja temporariamente, anualmente nos meus sonhos.
Eu gostava de saber... se nunca mais pensaste em mim, se me conseguiste apagar completamente das tuas recordações. Porque eu não. Revisito as poucas fotografias que tenho tuas e tento reconstruir todos os pormenores do dia em que ficaste para sempre em imagem.
E sabes o que é pior? Eu digo-te
Acordar com aquela sensação agridoce.. a pessoa que está ao meu lado na cama não és tu. A pessoa com a qual reconstruí a minha vida não és tu. Onde estás tu? O que fizeste nos últimos 4 anos? Meu vício, minha destruição, meu pesar no coração.

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