terça-feira, 17 de outubro de 2017

Justo Agora



Há quatro anos que és o meu amante cerebral. Não espero do teu lado carinho, amor ou pés aquecidos mas sim que me dês ar, uma bomba de oxigénio puro, cheio, qualquer coisa entre uma brisa marinha e a aragem a relva de um prado.
O meu cérebro precisa de ti. Não todos os dias, não todas as semanas mas sempre que algo é mais complexo, maior do que as palavras. Quando as ideias não passam de flashes na minha cabeça, quando preciso de discorrer sobre tudo aquilo que quero e não quero fazer a seguir. Quando preciso de sair da vida real.
Alimento-me das tuas palavras e dos teus planos. Imagino a vida que tens quando não estamos conectados ou a vida que perdi quando decidi não te escolher.
Nunca quero que deixes de me atiçar e de me fazer querer ser melhor. Quero-me corresponder contigo para sempre, como dois apaixonados separados por um continente, como se os meus postais tivessem de viajar no porão de grande barco de madeira, da Europa para as Américas distantes, quiçá tropicais.



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