Conclui então que não te amo cada dia mais como normalmente dizem os casais apaixonados.
Para nós, cada dia se tornou apenas mais um dia que passa no embalo da rotina de quem vive junto e pouco tem para explorar.
Passo a pente fino todas as oportunidades que teria para me reinventar para encontrar alguém com quem me identificasse intelectualmente, com quem pudesse ficar nua no sofá a ouvir bossa nova e a ler infinitamente. Com quem pudesse cantar no banho e libertar-me de todos os constrangimentos da nossa falta de espontaneidade.
Acalmar este tornado que não pára de girar.
Oscilo entre a ideia de amor para sempre e todas as possibilidades de poder sentir aquilo que nunca senti. As pessoas especiais que se cruzam no meu caminho e a vontade de chegar a casa e de tu estares cá.
A estagnação versus a multiplicidade.
O poder recriar-me de cada vez e a vontade de nada ter de explicar, porque já sabes que assim sou.
O sair sem olhar para trás e o voltar para o cheiro que conheço.
A paixão e o companheirismo.
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