Não faço a mínima ideia do tempo que passou desde a última vez que escrevi.
Ando outra vez imersa na rapidez com que passam os dias e se sucedem as semanas. E assim, a vida passa, mais depressa do que o suposto, sem a aproveitarmos o suficiente para, no dia da nossa morte, podermos morrer com um sorriso estupidamente feliz estampado no rosto.
Sinto-me sempre nostálgica de cada vez que remexo as fotografias que tenho. Por vezes chego a ter vontade de conhecer as pessoas que me acenam, que sorriem comigo, que dizem "cheese", que me beijam, que estão sempre presentes. Parece que tudo aconteceu numa outra vida, lá bem longe onde todas as tardes eram passadas com os problemas ridículos e apetitosos do dia a dia. O meu maior medo é não conseguir recuperar essa felicidade espontânea, é ter a desconfiança como elemento permanente da minha existência.
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