Há na auto-estima uma componente social.
Não é por se chamar «auto» que garantidamente é formada por uma processo pessoal de avaliação.
Assim devia ser pois todos nascemos com um valor incalculável próprio, mas não é.
Vejamos a situação actual em que me encontro. Feliz por poder escrever e investir tempo nas coisas que gosto mas com uma necessidade diária de avaliar o meu auto valor. Como se este fosse definido por qualquer papel expectável de ocupar socialmente.
E só quando paramos, desprovidos de direcção e rumo nos encontramos com este medo, com este bicho. Quando nos afastamos das ideias pré-concebidas do que devemos ser e onde devemos estar.
E a partir daí ficamos sozinhos, pesando tudo aquilo que julgávemos ser, na mesma balança do que actualmente somos. Na esperança de descobrir o tal valor absoluto, inigualável, total.
Pois só esse conta, só esse deve ser o que verdadeiramente importa.
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